Revolução Inglesa (1642 - 1689)
Oliver Cromwell - o líder revolucionário inglês.
REVOLUÇÃO INGLESA (1642 - 1689)
Em 1215, o Parlamento inglês instituiu a Carta Magna, um documento que limitava o poder da monarquia na Inglaterra. O monarca não podia governar com poderes absolutos, pois o documento estabelecia limites à autoridade real. Com isso, o rei dependia da aprovação do Parlamento para criar leis e aumentar impostos. A Carta Magna representou o fortalecimento da nobreza, pois os parlamentares eram nobres. No século XV, todavia, após uma longa guerra entre duas dinastias rivais, a monarquia restabeleceu o poder absoluto no país. A dinastia Tudor assumiu o trono.
- Principais monarcas da dinastia Tudor: Henrique VIII e Elizabeth I.
- Parlamento: assembleia formada por membros eleitos pelo povo (parlamentares) para representar os interesses da população, fazer as leis do país e fiscalizar os poderes Executivo e Judiciário. Órgão do poder Legislativo formado por uma ou mais câmaras de membros eleitos (deputados, senadores).
Henrique VIII e Elizabeth I estimularam o desenvolvimento econômico, agradando à nobreza (Parlamento) e à burguesia. A jovem rainha incentivou o comércio e a indústria de navios. Surgiram grandes empresas comerciais que permitiram à Inglaterra acumular enorme fortuna fazendo negócios com outros países.
- Nobreza: grandes proprietários de terras (alta nobreza) e médios proprietários de terras (baixa nobreza).
- Burguesia: grandes e médios comerciantes e empresários.
Guerra Civil
Após a morte de Elizabeth I, a dinastia Stuart assumiu o trono da Inglaterra. Porém Jaime I e Carlos I tentaram restaurar a monarquia absoluta e aumentar os impostos, criando sérios atritos com o Parlamento e a burguesia. Em 1642, Carlos I ordenou a invasão do Parlamento, dando início a uma sangrenta guerra civil. Os grandes proprietários de terras apoiaram o monarca. Já os comerciantes ofereceram apoio aos parlamentares. A guerra civil terminou com a vitória do Parlamento e a ascensão do líder político Oliver Cromwell, responsável por comandar as tropas militares que derrubaram a monarquia. Em seguida, Cromwell proclamou a república, estimulou a economia e reduziu os impostos, atendendo aos interesses da burguesia.
Revolução Gloriosa
Com a morte de Cromwell, a dinastia Stuart assumiu pela segunda vez o trono da Inglaterra. No entanto, Carlos II e Jaime II também planejavam restaurar o poder absoluto, contrariando os limites definidos pela Carta Magna e ameaçando os interesses da burguesia. Em 1689, o Parlamento inglês derrubou Jaime II, marcando o fim da monarquia absoluta no país, os parlamentares instituíram a Declaração de Direitos, um novo documento que estabelecia mais restrições à autoridade real, e Guilherme de Orange foi aclamado rei da Inglaterra, consagrando a famosa expressão:
O rei reina, mas não governa.
A Revolução Inglesa extinguiu a monarquia absoluta e instituiu a monarquia parlamentar, além de promover o fortalecimento do Parlamento e o avanço do capitalismo na Inglaterra. A ascensão política da burguesia e o desenvolvimento do sistema capitalista criaram um ambiente favorável à expansão econômica e ao aperfeiçoamento das técnicas de produção, lançando as bases da Revolução Industrial.
- Principais monarcas da dinastia Stuart: Jaime I, Carlos I, Carlos II e Jaime II.
- Monarquia absoluta: forma de governo exercida por um rei com poderes absolutos.
- Monarquia parlamentar: forma de governo exercida por um rei com poderes limitados por um Parlamento (assembleia de representantes do povo).
- República: regime de governo voltado para os interesses públicos ou coletivos.
A Revolução Inglesa também foi um conflito religioso, envolvendo interesses ligados às Igrejas anglicana, católica e presbiteriana. Henrique VIII fundou a Igreja anglicana, fundindo ideias calvinistas com cultos católicos, em 1534. Já a religião presbiteriana (puritana) foi fundada pela burguesia, fiel às ideias calvinistas (prosperidade, lucro) e crítica à interferência do Estado nos assuntos religiosos.
Os principais documentos revolucionários foram a Carta Magna, documento que limitava os poderes da monarquia (1215); a Petição de Direitos, lei que proibia o rei de criar impostos e usar a força sem prévia autorização do Parlamento (1628); e a Declaração de Direitos, documento que permitia aos parlamentares vetar as principais decisões do rei, que tinha poder para suspender leis, criar impostos, convocar o exército (1688).
FONTES
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá - História. 8º Ano. São Paulo: Moderna, 2010.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: Sociedade & Cidadania - 8º Ano. São Paulo: Editora FTD, 2012.
COTRIM, Gilberto. História - Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 2003.
GARCIA, Divalte. História. São Paulo: Editora Ática, 2004.