A descoberta de ouro em Minas Gerais

Mineração - Johann Moritz Rugendas (1825).

A DESCOBERTA DE OURO EM MINAS GERAIS      

            A descoberta de ouro em Minas Gerais, no final do século XVII, atraiu milhares de pessoas para a região mineradora, garimpeiros, aventureiros, mineradores, comerciantes e artesãos, vindos de várias partes do Brasil e de Portugal. Aos poucos, foram surgindo vários núcleos urbanos (arraiais e vilas), contribuindo para a expansão do comércio e do artesanato e  o desenvolvimento da economia. Além disso, a atividade mineradora possibilitou o aparecimento de uma sociedade mais urbana e diversificada e de uma arte rica em detalhes e cores na arquitetura, na pintura, na escultura e na literatura.

           A principal atividade econômica em Minas Gerais era a mineração voltada para o mercado externo. O sistema colonião garantia `a coroa portuguesa o controle sobre a produção aurífera (ouro). Por outro lado, havia um comércio variado e lucrativo destinado ao consumo interno. A necessidade de abastecer as cidades, as fazendas e as minas com víveres, roupas, ferramentas e utensílios fez aparecer diversas rotas comerciais (estradas e pontes), permitindo aproximar as zonas urbanas das zonas rurais, bem como expandir o comércio e a comunicação entre as várias regiões da colônia.

      A sociedade era formada por poucos ricos (grandes comerciantes e mineradores, funcionários públicos) e muitos pobres (garimpeiros, lavradores, tropeiros, pequenos artesãos e comerciantes). Além disso, existia uma camada social intermediária constituída por médicos, advogados, militares e padres. A escravidão negra era a principal força de trabalho na região mineradora.

         Portugal criou medidas rígidas para administrar e controlar a atividade mineradora e garantir grandes lucros com o ouro extraído no Brasil. As principais medidas foram a criação de órgãos administrativos e fiscais, a distribuição de lotes auríferos e a criação de taxas e impostos. A Intendência das Minas era encarregada de controlar a atividade mineradora, cobrar os impostos e julgar os crimes (sonegação, contrabando). Já as casas de fundição foram criadas para impedir o contrabando. O ouro extraído no Brasil era transformado em barras e carimbado com o selo real. As medidas adotadas por Portugal na região mineradora visavam ampliar a fiscalização sobre a minas e a arrecadação de impostos. A partir de meados do século XVIII, a produção aurífera começou a dar sinais de esgotamento.

FONTE

APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá - História. 8º Ano. São Paulo: Moderna, 2010.

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo: Editora Scipione, 2004.