O Romantismo
Homem desesperado (autorretrato) - Gustave Courbet (1845).
O ROMANTISMO
O Iluminismo foi um movimento filosófico e intelectual que surgiu na França, ao longo do século XVIII, e que criticava basicamente os poderes absolutos dos reis, os privilégios sociais e as crenças religiosas e defendia o pensamento racional (racionalismo) como instrumento para alcançar o progresso. Alguns iluministas, mais idealistas, acreditavam que era possível criar um mundo perfeito por meio da política e da revolução. Outros, mais realistas, desejavam apenas aperfeiçoar as instituições. O Romantismo, por sua vez, foi um movimento filosófico e artístico que surgiu na região que hoje corresponde à Alemanha, em meados do século XVIII. Ao contrário dos iluministas, os pensadores românticos criticavam a modernidade e a razão.
Os românticos afirmavam que o mundo ideal estava na natureza ou no passado (Antiguidade Clássica e Idade Média). Portanto, não existia mais. O desgosto pela vida, a descrença no progresso, o apego a um passado idealizado e a sentimentos, como angústia e melancolia, e ao amor impossível foram as principais características do Romantismo. Outro aspecto importante foi a ideia de inconsciente, uma dimensão psíquica e misteriosa capaz de interferir profundamente na vida das pessoas. Os pensadores românticos questionavam a razão como único fator determinante das ações humanas e sugeriam que a criação de símbolos, mitos e crenças era resultado mais de uma dimensão inconsciente do que do pensamento racional.
O Iluminismo e o Romantismo deixaram cicatrizes profundas na modernidade. O mundo atual vive atormentado e desordenado entre a crença nos ideais iluministas, forjados no século XVIII, e a desconfiança na felicidade e no progresso. Um mundo apegado ao poder, ao dinheiro e ao sucesso. Porém angustiado, ansioso e melancólico.
FONTES
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá - História. 8º Ano. São Paulo: Moderna, 2010.
GARCIA, Divalte. História. São Paulo: Editora Ática, 2004.