A Grande Depressão, o Fascismo e o Nazismo

10/06/2023

Adolf Hitler durante um desfile militar.

 GRANDE DEPRESSÃO (1929 - 1935)

         Durante a Primeira Guerra Mundial, o território dos Estados Unidos não foi afetado e a sua economia expandiu fortemente, graças à venda de produtos agrícolas e industrializados para a Europa. Após o conflito, porém, vários países europeus passaram a adotar medidas para proteger as suas empresas, restringindo à compra de produtos estadunidenses. O aumento da produção, acompanhado de uma forte redução do consumo e uma onda de investimentos e especulações financeiras na Bolsa de Valores da cidade Nova York provocaram falências e demissões em massa no país.

        A Grande Depressão foi uma grave crise econômica e social que abalou os Estados Unidos e o mundo a partir de 1929. Muitas empresas e bancos faliram, agravando a situação econômica da Europa arruinada pela guerra. Diante do crescimento do desemprego e da miséria e do avanço do socialismo, grandes empresários e banqueiros, grupos políticos e setores médios passaram a apoiar projetos autoritários de governo para garantir as conquistas proporcionadas pelo capitalismo.

        A profunda recessão, a descrença nos regimes democráticos e a expansão das ideias socialistas criaram um ambiente favorável ao surgimento de ditaduras na Europa. O forte revanchismo provocado pelo desfecho da guerra também estimulou a expansão de projetos nacionalistas e militaristas, contribuindo para à ascensão do fascismo, na Itália, e do nazismo na Alemanha, além de outras ditaduras na Europa.

  • Revanchismo: sentimento de revanche ou vingança.
  • Socialismo: doutrina política que defende a conquista do poder pelo povo e a abolição da propriedade privada.

Fascismo e Nazismo

         As principais características dos regimes fascista e nazista eram a existência de um partido único, um líder máximo e um aparato de Estado centralizado e burocrático; o uso excessivo da força e da repressão contra os opositores políticos e ideológicos (perseguições, prisões, torturas e assassinatos); o emprego da propaganda de Estado para enaltecer a nação (nacionalismo), o líder e o regime por meio de grandes e extravagantes discursos, desfiles e símbolos (bandeiras, hinos, estandartes, uniformes); o culto à figura do líder, visto como herói; o controle total da imprensa e da educação (censura); a radical oposição à democracia e ao socialismo; a supressão dos direitos democráticos (liberdade, voto), além do estimulo à produção de armamentos e à ampliação de exércitos para proteger o regime e expandir o território do país (militarismo).

        O nazismo também defendia a supremacia do povo alemão e estimulava a perseguição e o extermínio de judeus e ciganos (racismo), além de homossexuais e deficientes físicos e mentais. Após a ascensão do regime nazista, o povo judeu passou a ser hostilizado, perseguido e confinado em bairros miseráveis, chamados guetos. Mais tarde, os judeus foram enviados aos terríveis campos de concentração. Milhões de prisioneiros foram assassinados pelos nazistas, vítimas de trabalhos forçados, torturas físicas e psicológicas, experimentos pseudocientíficos, execuções sumárias e extermínios em massa.

        Os regimes fascista e nazista, bem como o stalinismo, na União Soviética, e o maoísmo, na China foram as ditaduras mais violentas e radicais do século XX. Portugal, Espanha, Áustria, Hungria, Polônia, Brasil, Argentina, Chile, entre outros países, também viveram experiências autoritárias de governo ao longo do século XX.

FONTES

APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá - História. 9º Ano. São Paulo: Moderna, 2010.

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: Sociedade & Cidadania - 9º Ano. São Paulo: Editora FTD, 2012.