O Antigo Regime

O clero, a nobreza e o povo (século XVIII).
O ANTIGO REGIME
A expressão Antigo Regime foi criada durante a Revolução Francesa para criticar o velho absolutismo, o mercantilismo e os privilégios do clero e da nobreza. O absolutismo era o sistema político do Antigo Regime. Entre os séculos XVI e XVIII, vários países da Europa foram governados por monarquias absolutas. Os monarcas podiam interferir na economia, criar leis e impostos e julgar conflitos. O poder absoluto dos reis era visto como expressão da vontade divina. Portanto, não podia ser questionado.
Já o mercantilismo era o sistema econômico do Antigo Regime. O controle excessivo do Estado sobre as atividades econômicas impedia o pleno desenvolvimento do comércio e da indústria. A interferência política dos monarcas era feita por meio da acumulação de ouro e prata e da criação de monopólios comerciais.
A sociedade, por sua vez, era desigual e injusta. O clero e a nobreza gozavam de diversos privilégios sociais e recebiam títulos e pensões vitalícias e hereditária. A Igreja Católica recolhia o dízimo, cujo pagamento era obrigatório, e a nobreza acumulava rendimentos sobre o trabalho dos camponeses. Apenas os nobres podiam ocupar cargos públicos importantes. Já a burguesia e o povo sustentavam o Estado com o suor do seu trabalho. Milhares de camponeses e trabalhadores viviam na pobreza. Além disso, a origem e cada indivíduo também era vista como expressão da vontade divina, determinando sua posição social.
Em suma, a sociedade era caracterizada pela existência de diversos privilégios sociais. Portanto, era quase impossível para um próspero burguês, um grande comerciante, um médico, um professor ter acesso aos privilégios da nobreza. No século XVIII, muitos pensadores começaram a questionar o poder dos reis e da Igreja católica, bem como sustentar a ideia de que cada indivíduo é livre para pensar e agir.
FONTES
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá - História. 8º Ano. São Paulo: Moderna, 2010.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: Sociedade & Cidadania - 8º Ano. São Paulo: Editora FTD, 2012.